Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

31 dezembro 2013

Não subestime o poder do pensamento condicionado

Lançando as bases de um paradigma racional

Caros confrades, juntos estamos lançando as bases de um paradigma racional e seguro para um funcional processo de ego-esclarecimento no qual, se for devidamente levado a sério e com a paixão necessária, poderá resultar no devido e necessário "estado de  prontificação" pelo qual possa se dar o advento do realístico autoconhecimento: o desvelar do Que Somos. 

Estamos trabalhando juntos um modo de desmistificar o que ainda é visto como místico e sem praticidade para o atual e estressado modo de existir sem vida.

Por meio de um convite objetivo — a ideia da possibilidade de deter o desgastante fluxo do pensamento compulsivo obsessivo — a cada passo dado neste Caminho sem caminho, nos aproximamos da subjetividade curativa deste paradigma: o tornar-nos nossa natureza real, expressa como Perene Consciência Amorosa Integrativa.

Para tanto, a meditação, a observação sem escolhas, tem se mostrado a ferramenta usual para a busca de um contato consciente com a Realidade que somos. Por meio dela, absorvemos o que é real e nos absolvemos do falso.

Nunca é demais ressaltar que o objetivo primordial deste paradigma é muito mais do que o deter do mecânico e fragmentário fluxo do pensamento condicionado, com suas resultantes emocionais desequilibradas, bem como da deturpação dos sentidos; seu objetivo real é a manifestação da experiência do Real, da esquecida Verdade que somos, a volta ao lar, o encontro de nossa terra prometida.

É o transmutar que vai da des-identificação do espírito humano como sendo a neurótica personalidade umbigóide desenvolvida num determinado espaço-tempo, para a Deus-identificação com a realidade que somos, sem a qual, torna-se impossível a manifestação de nosso estado natural manifesto em unidade interna e bem estar-comum (não mais oscilante pela ação de nossas manias, tendências e hábitos egocentrados).

De fato, levar a cabo este paradigma, não é nada fácil. Ele nos pede, inicialmente, por um processo de fé, entrega, coragem e, sobretudo, paciência.

Antes que você saia correndo, pedimos para que não se assuste diante do termo "fé". Não o usamos aqui com aquele antigo e irrefletido ranço proveniente das nossas experiências colhidas nos sistemas de crença organizados, que erroneamente acreditávamos ser religião. Em última análise, aquilo que aqui chamamos de "fé", já é algo presente em nosso cotidiano. Em termos de exemplificação: quando desconhecemos um caminho que precisamos tomar para o alcance de um determinado local, depositamos fé num mapa físico, num guia, nas placas e, mesmo assim, quando ainda inseguros, depositamos fé quando nos detemos diante de algum caminhante e nos certificamos com ele se estamos trilhando o "caminho de modo acertado". Esse caminhante é o que agora chamamos de "Confrade Consciencial"; alguém com quem podemos "pensar alto" sobre nossos medos, ansiedades, angústias, confusões emocionais e nossos desconexos sentimentos que sempre, inicialmente, se apresentam como forças contrárias ao que julgamos ser "a grande aventura do espírito humano".

Que a cada "agora" deste novo ano, possa a Consciência que somos retomar seu devido espaço de ação, até que tenhamos a bem-aventurança de Nela nos dissolvermos juntamente com nossa ilusória crença de tempo, espaço e separatividade.

Bem haja excelência no agora que somos!

Outsider

27 dezembro 2013

Abrindo mão do pacto com a irrefletida tradição

Constatação sobre a necessidade do silêncio holístico

Somente quando estamos em holístico estado de silêncio, ou seja, quando nossos corpos mental, emocional e dos sentidos se encontram em estado de quietude, inabalados, é que podemos sentir a verdadeira, calorosa e pacificante energia do Ser que somos. Nesse estado é que se encontra a verdadeira bem-aventurança. O resto, é bafo!

Outsider

24 dezembro 2013

A importância da aceitação da impotência diante do fluxo mental

A grande viagem do gênero humano

 A grande viagem de libertação do gênero humano
poderia muito bem ser representada pela arte de dois grande gênios:
do encolhido e retesado "Pensador" de Rodin,
ao todo aberto "Homem Vitruviano" de Leonardo Da Vinci.

Outsider

22 dezembro 2013

Em busca do Elo Perdido

Sobre a corrupção do condicionamento físico

O atual momento da sociedade, tem direcionado a preocupação com o condicionamento físico, somente no sentido de atender as descabidas exigências feitas pelo massivo condicionamento de ajustamento a uma "consciência ególatra". Urge uma reviravolta que aponte para a devida preocupação com a manutenção corporal, como subsídio básico para a potencialização de um processo de resgate da consciência da "Consciência que somos". 

Outsider

14 dezembro 2013

Diálogo sobre Consciência Cósmica e Estado de Prontificação

O que significa "Espírito de Cuidar do Ser?"

R: Olá Out! Estive na sala hoje e gostaria muito de falar com você a respeito de tudo. Não porque não sou boa ouvinte mas porque quero absorver suas vitorias e dividir as minhas... obrigada por me adicionar!

Out: Seja bem vinda em "Espírito de Cuidar do Ser!"

R: Vai ter que explicar essa frase kkk ''espírito de cuidar do Ser''. Diferente!

Out: Prefiro deixar você meditar nisso.

R: Já meditei muito!

Out: temos tempo para "cuidar" de tudo... menos, das qualidades do SER que nos faz ser; penso ter esclarecido

R: Primeiro preciso saber o que VOCÊ chama de ''o Ser''?

Out: EU e VOCÊ, sem um EU e VOCÊ... AQUILO QUE É, que aquilo que "pensa ser", desconhece.

R: VOCÊ é muito confuso nas explicações, venho acompanhando seu facebook e o paltalk e ainda não consigo entender sua forma de pensar..

Out: Sou eu que sou confuso ou você que está confusa e por isso não consegue compreender algo tão claro?... Veja: você é paz? Você é felicidade? Você é liberdade? SE não for, ESTÁ CONFUSA! (sem fuso, sem centro)

R: Eu sou super bem esclarecida, estudo sobre personalidade, religião, motivação... Mas a sua ideia, seu ponto vista...

Out: Como pode dizer ser tão bem esclarecida se não consegue compreender aquilo que você diz ser o meu "ponto de vista"?

R: Eu sou paz, eu sou felicidade, eu sou liberdade, mas sou exploradora de mim mesma... Eu compreendo 70% do seu ponto de vista.

Out: Vamos devagar... não nos apeguemos em ideias e conceitos... sejamos REALISTAS, DE FORMA MINUCIOSA E DESTEMIDA. Vamos devagar!... Se você é uma EXPLORADORA DE SI MESMA, veja: como pode ser paz, felicidade e liberdade?... Isso ainda são conceitos!

R: Não!

Out: Se fossem FATOS, não haveria mais exploração; não haveria NÃO COMPREENSÃO de coisas simples que a mente rotula como CONFUSAS.

R: Tudo antes de se tornar real passa por um processo de filtragem; uns chamam consciência, outros decisão e outros chamam escolhas; todos os fatos são conceitos não decididos. Só existem mentes confusas quando não nos conhecemos ou não procuramos nos conhecer. Quando somos dominados por emoções que não são conhecidas, dominadas ou reconhecidas por nós mesmos.

Out: Você afirma que "tudo antes de se tornar real passa por um processo de filtragem"... Isso é fato quando você ainda se mantém presa na identidade IRREAL, na personagem que acredita na necessidade de uma análise, que acredita num processo para perceber o que é factual, que não consegue "ver de imediato",  sem ação do tempo, da memória,  sem a ação dos racionais, dualistas e separatistas conceitos de "certo e errado", por causa dos empecilhos e entraves egóicos.

R: Sou feliz porque reconheço minhas emoções, absorvo, trato minhas emoções, e domino elas.

Out: veja, se você é feliz, por que se preocupar em compreender meu "confuso" modo de pensar? Por que não dedicar seu tempo e energia para gravar SEUS ÁUDIOS com bastante clareza, apontando ao outro como você conseguiu SER FELIZ?

R: Não!

Out: Se você é feliz, por que perder seu tempo em ouvir áudios de um cara "confuso"?

R: Quero conhecer pessoas, não essa física, mas sim o que vocês são na realidade... VOCÊ acha que, por eu tratar minha emoções, estou presa à uma identidade irreal?

Out: Vamos com calma aqui... Deixe reverberar... não dispare o teclado mental!

R: Então está me dizendo que tenho que sentir e expor as coisas sem me preocupar com nada? Tipo irracional... Vamos agir por instinto?

Out: Espere... Espere... Não dispare reativamente!... Deixe reverberar!... Quero lhe perguntar algo.

R: "Não dispare o teclado mental" ??? Agora quer que eu pense antes de escrever? Tudo bem... Me pergunte.

Out: Prefiro que sinta! "Quem é esse "Eu", que "pensa" que "tem que tratar" suas emoções?... Se você for séria, não me responderá de imediato...

R: Por que?

Out: Nada, absolutamente nada, pode alterar sua ESSÊNCIA VERDADEIRA, acrescentar ou subtrair algo. Isso é uma ilusão criada pela identificação com o ego, com a personagem criada ao longo dos anos.

R: Não quero que me leve a mal, queria um diálogo fluente, com perguntas e respostas, com debates saudáveis entre nós, a única coisa que sei e que não vou forçar VOCÊ a me explicar algo que talvez nem você entenda ao certo.

Out: Veja "R", se você quer ficar no nível das ideias, dos debates, nosso contato de nada vale, pois isso não vem pelas ideias, pelos conceitos, pelas palavras, pelas explicações.

R: E como você sabe quando se é um personagem e quando se é a essência verdadeira?

Out: Isso vem de outra dimensão!

R: ?

Out: Isso é do intuir intrínseco, visceral... Isso é da dimensão do coração, da dimensão do SER-CONSCIÊNCIA na qual somos.

R: Mesmo assim se explica.

Out: Você está no mental querendo algo que é da dimensão do coração... Não vira! Não absorve!... O que é grosseiro não absorve o sutil!... O intelecto é muito grosseiro, limitado!

R: Não acredito nisso! A mente é linda! Grandes capacidades!

Out: Sim! A mente quando servidora, quando somente e tão somente uma ferramenta de confiança de uma Consciência Amorosa Integrativa pode manifestar maravilhas oriundas da dimensão do Não-Manifesto. No entanto, quando destituída das Supra-faculdades dessa Consciência, só é capaz de todo gênero de atrocidades! Uma ferramenta nas mãos de um "justo", produzirá resultados justos; a mesma ferramenta, nas mãos de um "não-justo"... A mente precisa estar "ajustada" ao seu real tamanho... Precisa perceber que ela "não é o cara!"... O intelecto é quem diz: "Eu sou super bem esclarecida, estudo sobre personalidade, religião, motivação.... Mas a sua ideia, seu ponto vista..."

R: Só respondi sua pergunta.

Out: Repito:Você está no mental querendo algo que é da dimensão do coração... Não vira! Não absorve!... O que é grosseiro não absorve o sutil!... O intelecto é muito grosseiro, limitado! Isso só é possível, quando na dimensão da Consciência, quando na dimensão do SER que somos... Bem, não pretendo dedicar tempo e energia em "confrontos de ideias"; melhor ficarmos assim: você com sua felicidade e crença no poder da mente e eu, aqui, com minha confusão. Só um detalhe: confusão esclarecida!

R: Às vezes as pessoas quando sofrem ou que não se encaixam no sistema ou mundo relativo, saem com novas religiões para explicar suas falhas e se sentir importante. Ok!

Out: Pois é!

R: Felicidades!

Out: Vai ver que é isso mesmo! Você deve ser toda RAZÃO! Obrigado pelo seu CONHECIMENTO!

R: Qual conhecimento?

Out: Creio que nossa conversa explica bem o sentido de "em espírito de Cuidar do Ser" — onde o confronto de ideias de nada vale — o qual só se manifesta quando toda razão e conhecimento separatista são deixados de lado.

R: Impor modo de pensar... Dizer que "alguém" não é capaz realmente, não me faria feliz...

Out: Eis o problema: a crença num "alguém"... Quem é a "entidade" que se defende por meio de ataques? Quem é esse "alguém" que "julga ser imposição"?

R: Eu vi isso no nosso bate papo.

Out: Não estou "batendo nada", só compartilhando! Sou responsável apenas pelas minhas palavras e não pelo modo, pelo fundo psicológico com o qual você as recebe.

R: Isso se chama egoísmo!

Out: Acho melhor encerrarmos por aqui; tenha um excelente dia!


R: Eu já tinha encerrado! Para você também!

10 dezembro 2013

Olhando para o processo de retomada da Consciência

Não crer na glória de sua própria alma é o que a Vedanta chama de ateísmo. Swami VIvekananda
Ao utilizar o termo "realização" refiro-me, é claro, não apenas a uma concepção moral, ou teórica, a qual pode vir e ir, mas exatamente ao CONHECIMENTO COMO PARTE DE NÓS MESMOS, em outras palavras, que está em nós e além de nós. É difícil prolongar esta explanação, a qual pertence à consciência que transcende os termos de uma linguagem que é aceita, conhecida e vivenciada por todos. (...) A "Realização", no sentido usado, não é uma experiência de muitos homens e tampouco pode ser enquadrada numa combinação de elementos lógicos e expressos pela linguagem da mente, nem se desdobrar de componentes similares e, desse modo, finalmente torna-se acessível à mente externa.
Portanto, GOSTEMOS OU NÃO, este é um fato e nada pode mudá-lo. Não obstante, um tipo de consolo existe. Aqueles que vivenciaram a Realização sempre a reconheceram, embora fossem incapazes de expressá-la em palavras.
Na língua francesa, tão admiravelmente adaptada à mais sutil espécie de pensamento filosófico, há uma bela expressão: "L'ODEUR DE SAINTETÉ", isto é, "o odor da Santidade". Usando o mesmo idioma, podemos dizer "o odor da Realização", numa tentativa de definir o indefinível.
Mouni Sadhu, em, "Meditação"

06 dezembro 2013

Despiração do Ser

No surto,
Nosso ar 
É curto... 
Inspire e, 
Despire... 

Outsider

Fato


05 dezembro 2013

Constatação sobre hipnose coletiva

Em outros tempos, hipnotizavam-se as pessoas, com a ajuda de um relógio de bolso.
Hoje, ainda de bolso, o aparelho usado, é o celular.

Outsider


É preciso perceber o que os religiosos estão apontando

Às vezes podemos compreender e realizar em nós o significado místico dos ensinamentos dos Mestres, mas a nossa personalidade esquece facilmente esses momentos tão importantes.  "O caminho é longo e eu estou longe do lar" -  Mouni Sadhu - Dias de Grande Paz
Você com certeza, já de ter vivenciado a experiência de, enquanto caminha descontraidamente pela rua, ser abordado por um desconhecido que lhe solicita informações de como chegar em determinado local. Quase sempre, mesmo se não conhecemos bem o caminho, mesmo se temos apenas uma breve noção do local perseguido por tal caminhante, é muito forte nosso impulso interno para compartilhar algo que lhe faculte tal aproximação. Se, de fato, com propriedade já estivemos em tal local, não será difícil "apontar" pela direção, "apontar" por determinados pontos pelos quais o caminhante possa perceber, durante sua caminhada, que está se deparando com a direção correta. Quase sempre, quando o caminhante de nós se despede, podemos perceber que, para ambos, dá-se um sentimento prazeroso que se manifesta na ação do compartilhar. Não sabemos se o caminhante, de fato, alcançará o local que lhe apontamos, mas, permanece em nós, mesmo que por breves instantes, o anseio de que o mesmo possa desfrutar da tranquilidade de ter alcançado o objetivo de seu caminhar. Quanto a nós, alegremente, prosseguimos em nossa direção.
Outsider

Constatação sobre a troca de informação

Você com certeza, já de ter vivenciado a experiência de, enquanto caminha descontraidamente pela rua, ser abordado por um desconhecido que lhe solicita informações de como chegar em determinado local. Quase sempre, mesmo se não conhecemos bem o caminho, mesmo se temos apenas uma breve noção do local perseguido por tal caminhante, é muito forte nosso impulso interno para compartilhar algo que lhe faculte tal aproximação. Se, de fato, com propriedade já estivemos em tal local, não será difícil "apontar" pela direção, "apontar" por determinados pontos pelos quais o caminhante possa perceber, durante sua caminhada, que está se deparando com a direção correta. Quase sempre, quando o caminhante de nós se despede, podemos perceber que, para ambos, dá-se um sentimento prazeroso que se manifesta na ação do compartilhar. Não sabemos se o caminhante, de fato, alcançará o local que lhe apontamos, mas, permanece em nós, mesmo que por breves instantes, o anseio de que o mesmo possa desfrutar da tranquilidade de ter alcançado o objetivo de seu caminhar. Quanto a nós, alegremente, prosseguimos em nossa direção.

Outsider


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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!