Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

30 maio 2011

Previsível (paródia)


Previsível

Transparece a censura
Em meu jeito de olhar
A falsidade impura
Que tentam disfarçar
Não há quem questione
E ainda vivem a sorrir
Vivem das inverdades
Que tentam encobrir...
Previsível!
É previsível  o que se diz
Previsível!
E ainda fazem bis...(2x)

Será que não percebem
O modo insano de ser
Vítimas do sistema
Sem tempo prá viver
Entre tontas pessoas
Isso é tão natural
Ainda bem que comigo
Não pode ser igual...

Previsível!
É previsível  o que se diz
Previsível!
E ainda fazem bis...(2x)

Não fui eu,
Foi o sistema quem distorceu
E fez este mundo tão vil
Previsível!
É previsível  o que se diz
Previsível!
E ainda fazem bis...(2x)

Nunca ninguém percebe
O que tento dizer

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

27 maio 2011

Deserto deserto

Sedento, vivo o deserto de pessoas desertas de crenças; as que se apresentam são miragens que se desfazem em poucos encontros. Falsas promessas de água não estagnada, línguas de mentes peçonhentas.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Questões Fundamentais

No que tenho colocado toda minha seriedade, atenção e energia?
Que tipo de nostalgia me assalta constantemente?
Para onde aponta meu atual modo de vida?
No que tenho procurado me aprofundar?
O que é realmente importante para mim?
O que me dá maior contentamento?
Qual a prioridade da minha vida?
Onde está minha firmeza?
Qual minha maior meta?
Que assunto me eleva?

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

25 maio 2011

Cuidado com aquilo que você acredita


Este homem pegou uma nação destruída. Recuperou sua economia e devolveu orgulho ao seu povo.

Em seus quatro primeiros anos de governo o número de desempregados caiu de seis milhões para 900 mil pessoas.

Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar.

Aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de marcos

E reduziu a hiperinflação a no máximo 25% ao ano.

Este homem adorava música e pintura. E quando jovem imaginava seguir a carreira artística.

É POSSÍVEL CONTAR UM MONTE DE MENTIRAS DIZENDO SÓ A VERDADE!


Por isso, é preciso tomar muito cuidado com a informação e o jornal que você recebe...
..........................................................................................
Postei este vídeo não como apoio ao Jornal citado, mas sim, como uma advertência a toda forma de crença destituída de questionamento diante de tudo que nos apresentaram no passado e que ainda apresentam. A base do bom-senso se encontra na dúvida e no questionamento que levam a busca dos fatos, somente através dos quais a verdade se apresenta. Acorde: questione, sempre!

24 maio 2011

O mito do trabalho

Dizem que o trabalho
Ao homem enobrece.
Mas só o ócio esclarece
O que ao homem
Não transparece:
O cobre, só ao nobre,
Enobrece;
Ao homem, encobre,
Embrutece.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

Busco

Novos olhares
Não vorazes
Novos pares
Novos ares
De altares
Incapazes.

Homem passarinho

Sou um homem passarinho
Solitariamente a voar
Prá bem longe do pelourinho
Onde inconscientes sôfregos insistem ficar.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

23 maio 2011

SISTEMA ABUSOU


Sistema Abusou

Ele magoa, maltrata, enche de culpa
Ele caduca, retarda, quer atenção
Ele ofende, fere, não sente culpa
Em Jesus Cristo busca ter razão
Esse povo, essa farsa, essa desgraça,
Que corrompe e corrói o coração
Elementos bizarros e sem graça
Mercadores de astuta ilusão...

Sistema abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou
Sistema abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou

Há tanto mal
Em ser normal, ser torcedor
Capitalista engrupador
Que dispensei
A imundice, a canalhice, o desamor
Do quadradismo dos seus versos
Que só produz homens perversos
Que não usam a razão como expressão

Sistema abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou
Sistema abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou

Que me perdoe quem ainda insiste no sistema
Onde sei não haver poema ou canção
Que fale de outra coisa que não seja o desamor
E o quadradismo dos seus versos
Só produz homens perversos
Que não usam a razão como expressão

Sistema abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou
Sistema abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou
Jogou suas crenças em mim, abusou

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

19 maio 2011

DESCONSTRUÇÃO


DESCONSTRUÇÃO

Nasceu na contramão dos que seguem o tráfego
De modo acelerado, inconsciente e trágico
Num país de tantos filhos parece um dos únicos
Em busca do intocado imensurado vivido

Fugiu da educação que nos transforma em máquinas
Ergueu um patamar de consciência sólida
Com livros e mais livros de conteúdo raro
Seus olhos se limparam de toda crença páfia

Sentou pra meditar no que lhe foi passado
E em tudo que engoliu como fosse sacro
Fragmentando a mente em mais de mil pedaços
E abandonou de vez essa cultura estúpida
Pregada pela mídia e o jornal diário.

E desertou da fé, um dia partidário
Deixando-a no chão de modo tão hilário
E desprezou a fé da aceitação do público
Vivendo a contramão, denunciando o falso.

Viveu cada minuto como fosse último
Observou a mente como fosse única
O pensamento seu sem achá-lo impróprio
E superou a si com novo passo sóbrio
Viveu desconstrução como se fosse fácil
Se ergueu na solidão de paredes mágicas
Letra por letra de um pensamento lógico
Os olhos desembotados em argumento válido
Sentou pra descansar como se fosse livre
Viveu a rebeldia como fosse o máximo
Sofreu e soluçou pelos homens máquinas
Escreveu e questionou como se fossem próximos
E se afastou daqueles feitos múmias
Revigorou o ar como de modo único
Jogou tudo ao chão feito um saco de lixo
Regozijou em meio do sistema náufrago
Viveu na contramão conscientizando o público

Olhou a sordidez de quem é feito máquina
Iludindo a mulher como se fosse a plástica
Erguer o patamar de sua alma flácida
Sentou pra protestar como se fosse tácito
E desconjurou o ar como se fosse um príncipe
Viveu a solidão feito um homem livre
Viveu na contramão atrapalhando o público

Pelo poder de não crer, pela razão existir
Pela ilusão desfazer ao na verdade investir,
Pelo novo modo de olhar que dá vida ao existir,
Somos gratos

Pelo estado de graça de se viver sem mentir
Pelo desgarrar da fé, por não ter mais que engolir
Pelo sistema indecente não mais poder nos trair,
Somos gratos

Pela mulher companheira, fiel em seu dividir
Pelo amigo sincero na busca pelo intuir
E pela paz verdadeira que enfim vai nos redimir,
Somos gratos

Nelson Jonas Ramos de Oliveira

18 maio 2011

Semancol: o respeito ao outro


Ainda não é nada fácil para mim, lidar com a alheia falta de coerência, bom-senso, falta de respeito e capacidade de dar satisfação. Ainda me azeda o estômago ter meu espaço invadido e limitado. Acho um pé no saco ter que procurar ser assertivo - com quem não é assertivo - para ter que estabelecer limites saudáveis de relacionamento sem causar melindres. 

Fico me questionando: eu é que sou egoísta ou é o outro que carece de boas doses de semancol? 

Por que para os outros é tão difícil - antes de tomar uma iniciativa - tentar analisar como os outros diretamente afetados pela mesma, poderão se sentir? O que fizeram com a empatia?

Por que antes de tudo, não tentam se colocar na pele do outro? Com certeza, essa simples atitude poderia prevenir uma série de inconveniências, inclusive a de ser vista como uma pessoa "espaçosa". 

É o fim da picada me sentir constrangido por ter que defender o meu espaço. O fato é que essa falta de visão alheia  me deixa profundamente irritado, enquanto que o outro, não está nem aí.

O que está claro para mim, parece que ainda é escuro para o outro: o meu espaço, não é público e o espaço público não é meu.

Se já não é nada fácil amar o seu vizinho, imagine só, quando o mesmo insiste em invadir suas cercas. 

Fazer o que quando se vive na sociedade da incoerência? Hoje, como o que mais conta é o bem estar pessoal e não é mais o bem-estar comum, infelizmente, parece que só os loucos e brutos é que são respeitados. E a maior das incoerências: não pelo respeito em si, mas sim, pelo medo.

Nelson Jonas

Crédito: Fundação Oswaldo Cruz. Canal Saúde

13 maio 2011

Sons que me tocam

Há sons que me tocam a alma...
Os olhos me fazem fechar
E a pele, por vezes,
Arrepiar.
Há sons que me transportam
Para estados alterados de consciência
Trazem lágrimas da profunda essência
E neles meus músculos se soltam.
Há sons que me tocam a alma
Com jogos de cores internas...
Neles é que encontro calma
E a respiração se faz terna...
Há sons que me tocam a alma
Onde só a alma
Pode tocar.

Constatações

O escritor é uma janela aberta para o mundo. Comodamente debruçado em seu peitoril, você pode apreciar as cores por ele apresentadas.  Mas, se quiser vivê-las por completo, terá que se permitir o movimento de transpassar a porta e fazer-se peregrino, abrindo mão de todo laço psicológico que limite seus movimentos. 

Nelson Jonas

Constatações

Os medíocres evitam a todo custo a longa exposição a encontros dotados de profundidade nutritiva: sabem que estes podem colocar em risco suas protegidas estagnantes zonas de conforto.

Nelson Jonas

Sobre o humano em mim

Pela manhã, recebi um e-mail de um grande amigo, cujo conteúdo, traz falas da confraria dos despertos, as quais compartilho com você leitor.

(...) 

Creio ser possível estar afinado com as tendências mundiais sem ler ou assistir nenhuma mídia jornalística. As verdadeiras tendências mundiais, da humanidade vibrante deste globo - inversamente aos 'ilustres' telespectadores 'Globais' e honorável público da miséria alheia (ISTO É, VEJA, ETC.) - estão para além de qualquer relato jornalístico; e aquém da mínima noção de realidade, de verdade pujante.

Estou afinado com as tendências mundiais, com a humanidade viva com quem partilho nosso dia-a-dia, porque estou em contato contínuo com o humano em mim. Isto permite uma espécie de pressentimento dos movimentos que estão ocorrendo para além das minhas vistas, para além do que eu posso ler ou ouvir com os meus olhos e ouvidos. Nada há de especial em mim por conta disso; pelo contrário, continuamente estou me deparando com o mais vil dos criminosos e o mais milagroso dos santos, pois tanto o criminoso como o santo pertencem ao humano, estão contidos na natureza humana da qual eu sou um mero representante (confesso, há muito me falta esmero no zêlo desta representação).

Conto isso a você, Nelson, porque a aparente loucura destes dizeres ganha a revitalização de uma sinceridade que se recusa a ser rasa. Não saberia dizê-lo de outra forma que não fosse a escrita, que me permite a contemplação do meu estado de testemunha, réu, juíz, advogado e júri de mim mesmo.

Fico grato e gratificado.
Abraços a você e a Deca.

Liban

Tempos de Crises

Sempre que há uma crise de identidade, quando as pessoas não sabem quem elas são, quando o passado perde sua força, quando as pessoas ficam desenraizadas do tradicional, quando o passado deixa de ser relevante, surge essa crise, uma grande crise de identidade; quem somos nós? Que devemos fazer?

Essa oportunidade também pode se transformar numa maldição, se você cair vítima de algum Adolf Hitler; mas essa maldição pode se tornar numa grande abertura para o desconhecido, se você tiver bastante sorte de estar próximo a um Buda. Se você tiver bastante sorte de estar apaixonado por um Buda, sua vida pode ser transformada.

As pessoas que ainda estão apegadas à tradição e que pensam que sabem o que é certo e o que é errado, nunca encontrarão um Buda. Continuarão a viver suas vidas, suas vidas rotineiras, uma vida triste, uma vida morta. Continuarão realizando suas tarefas como seus antepassados costumavam fazer. Por séculos, eles têm estado seguindo uma trilha e prosseguirão seguindo essa velha trilha.

É claro, quando você segue uma velha trilha, você se sente seguro; tantas pessoas já caminharam por ela. Mas quando você vem para um Buda e você começa a se mover no desconhecido, não há nenhuma avenida, nenhuma vereda antiga. Você terá que fazer seu próprio caminho andando; a estrada não será encontrada pronta.

Posso lhes dar encorajamento para que vocês se movam por si próprios. Posso disparar um processo de investigação em vocês; mas não lhes darei um sistema de pensamento, não lhes darei qualquer certeza. Darei somente uma peregrinação... Uma peregrinação que é perigosa, uma peregrinação que tem milhões e milhões de armadilhas, uma peregrinação na qual vocês terão que enfrentar cada vez mais e mais perigos a cada dia, uma peregrinação que levará vocês para o topo da consciência humana, para o quarto estado. Mas quanto mais alto vocês forem, maior será o risco de cair.

Só posso lhes prometer uma grande aventura, arriscada, perigosa, sem nenhuma promessa de que vocês alcançarão; porque o desconhecido não pode ser garantido.

Vocês estão entrando num belo espaço. Se o bem e o mal deixaram de existir, tanto melhor! Agora penetrem em outra dimensão, não feita pelo homem, onde as distinções não são relevantes, onde nada é bom e nada é ruim, onde o que quer que seja é, e o que não é, não é. Não há nenhuma questão de bom e ruim; ou uma coisa é ou não é. O bom e o ruim não são nada senão alternativas a serem escolhidas: ou escolha isso ou escolha aquilo. Isso lhe mantém na divisão do ou isso ou aquilo.

No momento em que você começar a ver a enganação do bom e do mal, quando você começar a ver que estas são coisas manufaturadas socialmente... É claro que eles são utilitários, e não estou dizendo para ir ao mercado e se comportar como se não houvesse nada de bom e nada de errado. Não estou dizendo para caminhar pelo meio da estrada, nem dizendo o que importa se a pessoa caminha pela direita ou pela esquerda.

Quando você estiver com as pessoas, lembre-se de que para eles, o bem e o mal ainda existem. Seja respeitoso para com eles e seus sonhos. Não é para você perturbar o sonho de ninguém. Quem é você? Não é para você interferir. Seja gentil com as pessoas e com a estupidez delas, seja gentil para com eles e os jogos deles. Mas por todo o tempo se lembre, bem no fundo nada é bom, nada é ruim.

A existência está simplesmente lá; não há nada para escolher. E lembre-se, quando não há nada a escolher, você se tornará indiviso. Quando existe algo para escolher, isso também lhe divide. A divisão é uma espada de dois gumes: ela divide a realidade exterior, ela lhe divide interiormente. Se você escolher, você escolhe a divisão, você escolhe ser partido, você escolhe a esquizofrenia. Se você não escolher, se você souber que não há nada bom, nada ruim, você escolhe a sanidade.

Não escolher coisa alguma é escolher sanidade, não escolher é ser são, porque agora não há nenhuma divisão externa, como você pode ficar dividido interiormente? O interior e o exterior estão juntos. Você se torna indivisível, você se torna um indivíduo. Esse é o processo de individualizaçã o. Nada é bom, nada é ruim. Quando isso chega em sua consciência, subitamente você está inteiro, todos os fragmentos desaparecem numa unidade. Você está cristalizado, você está centrado.

Vir a saber que nada é bom, nada é ruim, é o momento decisivo; é uma conversão. Você começa a olhar para dentro; a realidade externa perde o sentido. A realidade social é uma ficção, um belo drama; você pode participar dele, mas então, não o leve a sério. É apenas um papel a ser desempenhado, faça-o tão belamente, tão eficientemente quanto possível. Mas não o tome como algo sério, não há nada do supremo nele.

O supremo é o interior; a alma não dividida sabe disso. E, chegar até essa alma, esse é o ponto crítico.

Autor: Osho,The Book of Wisdom

Nada te pode trazer paz

Mantenedores da ordem
A sociedade é uma onda. A onda move-se para a frente, mas a água da qual é composta não. A mesma partícula não sobe do vale para a crista. Sua unidade é apenas fenomênica. As pessoas que hoje perfazem uma nação morrem no ano seguinte, e sua experiência com elas.

E assim, a confiança na Propriedade, incluindo a confiança nos governos que a protegem, expressa a falta de autoconfiança. Os homens têm olhado para fora de si mesmos, para coisas, por tão longo tempo que chegaram a estimar as instituições religiosas, eruditas e civis como guardas da propriedade, e desaprovam investidas contra estas, porque as consideram investidas contra a propriedade. Eles medem sua estima recíproca pelo que cada um possui, e não pelo que cada um é. Mas um homem cultivado acaba por envergonhar-se de sua propriedade, graças a um novo respeito por sua natureza. Ele odeia especialmente aquilo que possui quando o comprova meramente acidental - caiu-lhe nas mãos por herança, ou doação, ou como produto do crime; então sente que não é um possuir; não lhe pertence, não está enraizado nele, e simplesmente se acha ali porque nenhuma revolução ou nenhum ladrão o levou embora. Mas aquilo pelo qual um homem é, ele o adquire necessariamente, e aquilo que o homem assim adquire é propriedade viva que não aguarda o gesto dos governantes, nem a turba, nem as revoluções, nem o fogo, nem as tempestades, nem as bancarrotas, mas se renova perpetuamente onde quer que o homem respire. "Teu quinhão ou porção de vida", disse o califa Ali, "te procura; assim sendo, folga em procurá-lo." Nossa dependência desses bens que nos são estranhos nos conduz ao respeito servil pelos números...

Não desta maneira, ó amigos, Deus condescenderá em entrar e habitar em ,vós, mas pelo método exatamente inverso. É somente quando o homem se desvencilha de todo suporte externo e fica a sós consigo, que eu lhe predico força e prevalência. A cada recruta sob sua bandeira, vejo-o mais fraco. Não é um homem melhor do que uma cidade? Nada peças aos homens e, na infinita mutação, serás a única coluna firme que em breve terá de surgir como o sustentáculo de todos que te cercam. Aquele que sabe que o poder é inato, que ele é fraco porque procurou o bem fora de si e alhures, e que, dando-se conta disso, toma sem hesitação partido de seu pensamento, corrigindo-se instantaneamente, apruma-se, comanda seus membros, faz milagres; da mesma forma que o homem que se ergue sobre os pés é mais forte do que o homem que caminha de cabeça para baixo.

Usa, pois, tudo o que se chama Fortuna. A maioria dos homens especula com ela, e tudo ganha ou tudo perde, ao girar de sua roleta. Mas abandona como ilegais esses ganhos, e lida com a Causa e com o Efeito, os chanceleres de Deus. Junto à Vontade, trabalha e adquire, e terás agrilhoado a roda da Fortuna, e deixarás de temer suas rotações. Uma vitória política, um aumento de rendas, a convalescença de teu doente, ou o regresso de teu amigo ausente, ou algum outro acontecimento favorável eleva teu espírito, e estás certo de, com isso, poder contar com bons dias por vir. Não te fies nisso. Nada te pode trazer paz senão tu mesmo. Nada te pode trazer paz senão o triunfo dos princípios.

Ralph Waldo Emerson

O esotérico perfeito

Buda, upload feito originalmente por NJRO.

 O esotérico perfeito caminha nu em direção ao seu Criador. Passa pelo seu Mestre, deixa-o para trás e vai despejando todas as ilusões e ruídos do mundo pela beira da estrada. Nada mais o detém ou atrasa. Conhece o poder da tentação e vira-lhe as costas. Não se deixa mais iludir pelas miçangas de Maya. Fica a meio caminho da poesia e da realidade. Sabe que ambas têm o seu lugar no espaço, mas que não pender para nenhum dos lados sob pena de ser enganado pelos sentidos ou pela emoção.

E, então, mesmo só ou rejeitado pelos seus pares, ele mergulha no imponderável com um sorriso mais enigmático do que o da Mona Lisa e com uma serenidade muito maior do que a se revela no colosso pétreo da Esfinge.

Autor: Sheik Al-Kaparra

Exploração Humana

Há outro tipo de exploração além de atravessar desertos, penetrar selvas, galgar montanhas e cruzar continentes. É a que procura o interior misterioso da mente humana, escala os alcances mais elevados da consciência humana e depois volta para relatar rotas e descobertas, para descrever as metas para os outros, de modo que eles também, se quiserem, possam encontrar seu caminho.

Paul Brunton - A BUSCA - Ed. Pensamento

Constatações sobre virtude


Hoje, mais do que nunca, o esforço para
falsear a realidade
é tido como uma virtude.

Nelson Jonas

Sobre o sistema de ensino

A julgar pelo que tenho visto, o atual sistema de ensino deveria ter uma nova denominação: afundamental!

Nelson Jonas

Sobre relacionamentos

Crença
Num primeiro movimento festivo, eles se juntam à fragmentos de pessoas para fugir do controle da casa dos velhos. Passado um tempo, junto aos velhos - descontrolados -, em fragmentos se refugiam-se na velha casa. Equivocados quanto ao restabelecimento do controle, numa imatura tentativa de fugir da solidão, iniciam um longo período de solidão à dois. Os mais insensíveis se acostumam, os outros, em sua maioria, reiniciam o insano processo no qual tornam-se conhecidos por colecionar fracassos afetivos. Poucos, numa atitude desesperada, divorciam-se de si mesmos. São raros aqueles que optam por um período de enfrentamento da solidão, onde  em auto-namoro, encontram-se na própria casa que são. E ali, amadurecidos e felizes por casarem a mente e o coração, mantem-se abertos, onde a relação é opção. 

Nelson Jonas

Seguindo o curso

Liberdade

- Bom dia! Parabéns meu querido!
- Bom dia! Por que parabéns?
- Você está de brincadeira (risos)
- Não!
- Hoje não é teu aniversário?
- Sim; mas por que as pessoas desejam parabéns?
- Porra! (risos)... São 8:25 da manhã; calma ai meu caro! Pelo menos ainda acha o aniversário uma data legal, não é mesmo?
- Acabei de receber uma mensagem de uma loja de departamentos on-line...

- Nelson: Feliz aniversário! Para nós essa é uma data muito especial. Nelson, a fulana.com.br deseja sinceramente muitas felicidades e que você aproveite muito este dia e o nosso presente: 10 % de desconto na COMPRA de livros, CDs e DVDs. São milhares de títulos à sua escolha. Aproveite agora este beneficio! Entre já em nosso site, inclua os produtos no seu carrinho de compras, copie e cole o código abaixo para obter o desconto: 

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- (risos)
- Aniversário... Bela merda. Um dia como outro qualquer! Dia em que aqueles que não te procuram o ano todo, ligam com as mesmas frases repetidas (ou então, como dita a moda, deixam uma rápida frase numa rede social on-line)...
- Você gostaria que lhe desejasse o que?
- Nada. É só uma pergunta: por que parabéns? Já pensou nisso?
- Sei lá cara!
- Por que nesse dia?
- Sei lá!... Da mesma forma que o amor é uma coisa muita complexa, o parabéns ou qualquer sinônimo é sinal de carinho...
- Por favor, deixe o amor para lá. Estou falando do tal "dia de aniversário"...
- É um sinal de carinho!
- E por que o sinal de carinho se manifesta só uma vez por ano?
- Uma vez por ano para os outros; eu, sempre quando tenho tempo, ao contrário de você, lhe procuro.
- Eu não procuro ninguém mesmo. Procuro a mim mesmo e olha que já é um grande trabalho. Mas sério: por que o dia de aniversário é tido como um dia muito especial?
- Para mim é um dia especial como todos os outros.
- Se é um dia especial como outro qualquer, por que devemos ligar para as pessoas e dizer "Parabéns"? Desculpe, mas, minha cabeça funciona assim, ela questiona sem esforço.
- Para mim, ainda é um dia que gosto de lembrar, pois há 40, 42, 44, 46, 47 anos você e eu nascemos.
- Não há nada de especial em nascer uma só vez para a existência... O especial está em conseguir nascer pela segunda vez, para a Vida.
- Concordo!
- Veja, acho que essa data coloca uma corrente a mais nas nossas costas. Durante toda a semana ficaram me perguntando: "o que você vai fazer na noite do seu aniversário?"... Fiquei me perguntando por que não me perguntam isso durante o ano todo.
- Você diz que toda vez que conversamos temos assuntos nutritivos, mas, por vezes fico "chateado", por você não me procurar; mas, não tem importância. Não estou lhe cobrando nada. Você é e sempre será uma pessoa importante para mim; adoro seus textos, eles me fazem muito bem!
- Para não ficar chateado, basta não alimentar expectativas!
- ok!
- Não sou de procurar mesmo.
- É uma pena! Vou me lembrar disso! Para mim uma coisa é eu ter discernimento, procurar entender que a sociedade, a cada dia, está doente; outra coisa é se fechar: quero viver a minha Vida, mesmo rodeado de pessoas doentes. Além do mais, no meu dia a dia, não dá para escolher o tempo todo com quem quero dividir ou compartilhar o meu dia.
- Sei, escolhas... Bem, a quem você se refere a estar "fechado"?
- Atualmente voltei a estudar. Tenho um objetivo e por enquanto "preciso" dos meus professores e "colegas" de sala para compartilhar experiências dentro da profissão que escolhi.
- Sei!... E quando "não mais PRECISAR" delas? Vai procurá-las regularmente?
- Se houver empatia, sim!
- Sei!... Se houver empatia... É por isso prefiro ficar só... Já cansei desse movimento. As pessoas mais te procuram por que esperam ou precisam de algo por meio de você e não por que realmente querem OUVIR ou SABER de você. Isso não me parece muito empático... Elas querem FALAR de si, querem que você saiba SOBRE ELAS, com suas conquistas e realizações passageiras, mas, não demonstram REAL INTERESSE EM SABER SOBRE VOCÊ e sobre o que É REAL. Elas querem falar e falar... Se esquecem que papagaio também fala, não escuta.
- Eu consigo, de vez em quando, ser um mediador, ouvir e ser ouvido, até porque, o curso que escolhi fala mais ou menos sobre isso.
- Que bom! Não é o caso da maioria. Percebo que enquanto falo, as pessoas estão mais ocupadas em retornar ao seu assunto do que no conteúdo daquilo que falo.
- Bem, no meu dia a dia, me sinto só no meio da multidão. Sim, mas preciso trabalhar. Este curso talvez seja "o chamado" (palavras suas, se me permite) que vai me dar possibilidade de fazer o que eu quero e, quem sabe, através das minhas mãos, poder cuidar de pessoas menos favorecidas.
- O que você QUER?
- Em que sentido?
- Você não está prestando atenção no que está dizendo? ..."Que vai me dar possibilidade de fazer o que eu quero"...
- Sim!
- Então, o que você QUER? O que está BUSCANDO?
- Busco por prazer e realização pessoal, dentro de uma determinada profissão.
- E o que você entende por "realização pessoal"?
- Talvez, fazer algo que gosto talvez... É muito complexo, como o próprio amor...
- Vixi! Deixe o amor para lá...
- Digo amor como exemplo, porque na minha relação com minha esposa, tento descobrir... Prefiro estar com ela do que ficar na "putaria"; isto já não me interessa mais.
- Sei!... Uma "putaria caseira" é mais saudável... E você acha que o amor, pode ter alguma relação com questões de "preferência" ou "escolhas"?... Bem, vamos deixar isso para lá; muito cabeça para uma manhã de sexta feira, véspera de carnaval. Fiquemos com a pergunta inicial: o que significa para você, "realização pessoal"?
- Quanto ao amor e preferência, talvez sim, talvez não. Tento a cada dia aprender algo com o universo...
- Penso que toda "realização pessoal", tem seu prazer momentâneo, este, sempre fadado a frustração entediante. 
- Então, o que você busca, meu velho? 
- Busco pela realização da impessoalidade, me entende?
- Sim! De qualquer forma, lhe desejo um excelente dia, hoje e sempre!... E vou continuar sempre sendo seu admirador. Adoro de verdade o seu blog, mas preciso viver. Hoje estou mais caseiro, mas não pretendo me trancar: sou um cara mais do dia e da natureza.
- Creio que não se pode trancar aquilo que nunca foi aberto, meu caro!
- Gostaria muito que você me procurasse mais, mas vou respeitar a tua escolha e sempre quando é conveniente, tomo a liberdade de indicar o seu blog para pessoas interessantes do meu convívio (são poucas).
- Por que, ao invés de "respeitar minha escolha" não se questiona do porque de eu não lhe procurar mais? Ou quanto ao porque desse desejo de ser procurado?...
- Estou tentando entender a minha vida, as minhas escolhas, quanto menos entender as suas? Sem co-dependencia: eu preciso de pessoas como você, me fazem bem.
- Sei!
- Bem, meu velho, tenho que ir para o curso.
- Então, siga seu curso. Obrigado pela lembrança! Apesar de você não ter me respondido, deixo a pergunta: O que significa para você, "realização pessoal"? Um ótimo dia para você.
- Sinceridade? Eu estou satisfeito com a resposta que lhe dei!
- Sim, esse me parece ser o problema de muitas relações: as pessoas estão somente preocupadas em satisfazer a si mesmas e não nas necessidades do outro. Sua resposta, com todo respeito, não foi capaz de satisfazer a minha linha de raciocínio para a compreensão de seu modo de ver o mundo. Não me fez entender o que você entende por "realização pessoal" e, se não lhe compreendo, não há como existir comunhão... Fica um hiato.
- Se ninguém procura ninguém, também não há comunhão. Valeu! Um excelente dia. Um abraço...
Uma vez escrito isso, meu conhecido, fez-se “off-line”. Ficou um hiato... Não houve tempo para que pudesse explicar que, como um rio, solitário sigo meu curso e que me sinto feliz quando no percurso, me encontro com outras nascentes. Apesar da alegria do encontro, como um rio, não posso ali me deter. Com urgência, busco me dissolver no mar que, de braços abertos, há muito me espera.

Nelson Jonas

12 maio 2011

Produto Interno Bruto

Em nome da constante e irresponsável preocupação com a elevação dos valores do PIB, políticos do mundo inteiro sustentam uma educação que mantém o produto interno do homem, bruto.

Nelson Jonas

11 maio 2011

Só a pessoa séria pode conhecer a vida



Pela manhã, recebi de um amigo on-line, um e-mail com a seguinte pergunta:

"Olá, saiu do orkut, eliminou seu perfil e deixou a comunidade? Amigo, porquê isso, que houve? Abraço."...

Minha resposta:

Caro amigo, espero que você esteja bem, vivendo bons momentos! 

Olha só, em resposta ao seu e-mail, cheguei a conclusão de encerrar minha participação no Orkut, com base que o mesmo só me tomava tempo, tendo como mínimo demais o "retorno nutricional".  

Estou vivenciando um momento de solitária caminhada num imenso deserto, onde o sol da visão se faz muito forte. Não dá para ficar carregando na mochila, aquilo que já não alimenta e nem mata minha sede. Compreende?

Estou prestes a encerrar também minha participação no Facebook. Só não o fiz, porque ainda tenho tido alguns poucos retornos interessantes e nutritivos. Estou em busca da minha turma, de pessoas que sintam o mesmo desconforto interno diante da mesmice estabelecida, e que não se nutrem mais com textos caretas, condicionados e por demais falidos, sempre com base em arcaicos sistemas de crença, ou então, com suas inúteis discussões de militâncias políticas, ou com as infantis distrações das "Fazendinhas, CityVille, Zynga Poker entre outras mais, sem falar na grande parte das discussões ligadas as trivialidades momentâneas, sempre alardeadas por uma mídia de valores corrompidos. Não dá mais: minha necessidade é grande e meus pares são impares. Decidi ficar apenas com o trabalho que faço nos meus Blogs e canal do Youtube:





Tenho por certo, o espírito contido na frase de krishnamurti: "Só a pessoa séria pode conhecer a vida, saber o que é a vida, e não aquele que busca por divertimentos". Estou cansado. Não encontro por pessoas cujo maior anseio seja se verem livres do embotamento cultural, ou da pesada rotina da qual são reféns. Não encontro pessoas assumidamente descontentes, ao contrário, todas se dizem felizes, realizadas, amantes, contentes com suas coleções de "tá tudo bem!". Eu não sou uma delas. Apesar de tudo ao meu redor estar bem, a inquietude interna, se mantém. Portanto, preferi dar mais atenção a mesma, do que me distrair com algo que não possa me ajudar em sua solução. Em meu deserto, não estou afim de me iludir com as miragens desse imenso deserto virtual. Portanto, decidi aplicar aqui na Net o mesmo que fiz em meu espaço físico: seguir em frente deixando para traz, a caravana dos contentes infelizes espiritualizados estabelecidos. Para mim, isso é um fato: a distração me trai e ao me trair, me destrói. Em vista disso, cada um na sua. Quem quiser realmente manter contato comigo, tem meu e-mail, meus blogs e os raros íntimos, o telefone de casa (não uso celular), e o endereço da Padoca, onde nos fins de semana, compartilho de uma boa prosa temperada com uma boa pizza e uns copos de cerveja. 

Continuo por aqui. 

Um forte abraço fraterno e força em sua caminhada!

Nelson Jonas

10 maio 2011

Rindodequê

Rindodequê
Turma Esdrúxula

Todo mundo tá feliz?
Diz que sim!
Todo mundo quer dançar?
Prá variar!
Todo mundo pede bis
Pro que a cultura diz
Sem parar prá questionar
Mais um! Mais um!

Todo mundo tá feliz?
Diz que sim!
Todo mundo quer dançar?
Prá variar!
Todo mundo pede bis
Pro que a cultura diz
Sem parar prá questionar

Batendo ponto
Ficando em fila
Hei!
Sempre apertado perdendo energia

Batendo ponto
Ficando em fila
Hei!
Sempre apertado perdendo energia

Ninguém quer ver
A ilusão
Escravizando, escravizando a multidão
Ninguém quer ver
Rindo de quê?
Só lero lero
Birutice
Embrutecer

Ninguém quer ver
A ilusão
Escravizando, escravizando a multidão
Ninguém quer ver
Rindo de quê?
Só lero lero
Birutice
Embrutecer

Iê, iê, iê, iê,
Rindo de quê?
Só lero lero
Birutice
Embrutecer
Iê, iê, iê, iê,
Rindo de quê?
Só lero lero
Birutice
Embrutecer

Repete tudo (ao fim do mês)

Nelson Jonas

Onde?


Em meio ao ócio, decidi caminhar pelo bairro. Desastrosa saída. Pelo caminho, encontrei alguns conhecidos da antiga. Depois dos cumprimentos, os antigos e conhecidos assuntos de embolorado interesse... Lembranças do baú, quase sempre amenizadas com as repetidas piadinhas referentes aos atuais acontecimentos esportivos. Para não ser deselegante, rio tentando disfarçar meu esforço. São encontros que alimentam tanto quanto porta giratória de banco sobre olhar de vigia assustado. 

Desisti; voltei.

Na rede corri aos fóruns que participo, tentando pescar algum texto interessante que gerasse reflexão... Nada! Só assuntos cabeça de Bagre.

Sobrou um monte de questões sem respostas...

Onde estão as pessoas e comunidades provocadoras de saltos quanticos?

Onde estão as pessoas e comunidades que falam algo novo?

Onde estão as pessoas e comunidades que não se limitam em nome de alguma  forma de militância partidária?

Onde estão as pessoas e comunidades que não vivem de discussões triviais?

Onde estão as pessoas e comunidades que não  buscam autoafirmação em questões teístas ou ateístas?

Onde estão as pessoas realmente nutritivas?

Cacete! Está difícil! Que fome...

Nelson Jonas

Ilustrações

09 maio 2011

Triste constatação numa mesa de bar


O que mais vejo são pessoas "egoesclarecidas", profundamente ocas, sempre defendendo bandeiras de terceiros. Elas são profundamente funcionais ao sistema: a mídia manda o sinal para esse povo não pensante, que funciona como filiais ambulantes, retransmitindo exatamente aquilo que a mídia quer que se tenha por realidade. A grande maioria dessas pessoas, por não possuírem nada próprio, não passam de "afiliadas midiáticas"; por estarem tão absorvidas em seus negócios, elas não tem tempo para a sociologia do ócio que faz pensar. Em resultado, desconhecem a qualidade do ócio - onde se encontram as perguntas fundamentais -, através das quais, nossa mente é absolvida e liberta dos enganos da ultrapassada cultura transmitida. 

Nelson Jonas 

Sobre a miséria humana

“As idéias da classe dominante são, 
em todas as épocas, as idéias dominantes.”
Karl Marx e Friedrich Engels, A ideologia alemã “


"Neurose é uma mentira esquecida 
na qual você ainda acredita”
Juan Müller

Um conhecido on-line, postou numa "rede de relacionamentos" um post cujo conteúdo trazia a seguinte frase:

Governança petista quer fazer a revolução da miséria sem ao menos garantir três refeições miseráveis por dia.

Tal afirmação me levou a seguinte reflexão:

Caro amigo, sem querer defender partido algum, (uma vez que nenhum partido até hoje se mostrou "um inteiro"), quando, na história, houve algum deles que fez real diferença ao conteúdo de seu post? Qual partido esteve realmente interessado em compartilhar riqueza ao invés de "descompartilhar" o poder que gera riqueza a custa de mais miséria? Desconheço. Com todo respeito, o conteúdo de seu post me parece assunto para "enxugar gelo". 

A manipulação de índices e dados não é uma particularidade do atual governo brasileiro, mas sim, de TODOS OS GOVERNOS, uma vez que a manipulação dos fatos é a arma pela qual se mantém o poder. Todo sistema, todo partido vive de críticas ao partido estabelecido e com suas promessas de diferença qualitativa, se, uma vez eleito. Isso num país de romeiros pagadores de promessas, conta muito. Mas, não é diferente em outras regiões deste lindo planeta azul. Sempre se deu pão (de qualidade miserável), nunca consciência. Se houvesse real interesse do homem em querer erradicar de vez a real miséria humana, (que é bem maior do que a miséria física) começaria de fato pelas bases que fazem com que se possa "ver por si mesmo" a realidade dos fatos. 

Hoje, é vendida a idéia de que qualidade de vida se baseia na possibilidade de maior consumo de bens, quase todos rapidamente descartáveis. Não há um investimento no "bem maior", na "real propriedade" que tempo algum pode descartar: consciência e massa critica. 

Vive-se uma civilização intoxicada de tecnologia (vendida como se fosse de ponta), onde proliferam antenas parabólicas, através das quais, chegam até alguns dos poucos interessados do povo, matérias que, como esta, limitam-se a olhar a qualidade das amareladas folhas de uma árvore que prometia por frutos, cujo real doença, encontra-se em suas raízes. É como ter dor no pé esquerdo e tomar remédio para o pé direito: pura perda de tempo e energia, sem falar na continuidade da doença. 

No meu ponto de vista, a verdadeira miséria humana não se encontra na qualidade do que se tem na carteira e nos bolsos, mas sim, no conteúdo da mente e coração. 

Um abraço e uma ótima semana.

Nelson Jonas

07 maio 2011

Preguiça Mental



A droga mais utilizada na atualidade para a propagação da preguiça mental

06 maio 2011

A dificuldade de estar no ócio

Death Letter
Caracas! Como é difícil ficar no ócio! Talvez, seja essa a razão pela qual a grande maioria das pessoas busca por tanta atividade acelerada, em grandes centros, longe da beleza ainda não maculada da natureza. Sem dúvida, com essa aceleração, não sobra espaço para se depararem com a inquietute e com a insatisfação diante da mesmice operante.

E eu, solitariamente, em meio ao ócio, fico caçando algo que me faça sentido... Um texto, uma letra, uma foto, um livro, um filme... Inútil! Não acho nada que já não esteja contido na mesmice. É um saco! Só me deparo com uma enxurrada de discussões sobre política, futebol e pseudo-achismos que não levam a nada. Não encontro conteúdo, tudo me é um porre. 

Não é nada fácil,  nesta sociedade de contentes tecnologizados, encontrar por um eco de real inquietude... Não encontro números inteiros, apenas uma infinidade de pares de desgastadas crenças. Com certeza, deve faltar alguma válvula em mim, algum neurônio ou cromossomo deve ter saído com defeito. Parece que a grande maioria some diante de um pouco que seja de abertura e intimidade. Parecem ter medo... Sei lá!... Medo de que suas zonas de conforto sejam expostas, escancaradas, que as mentiras que contam para si mesmas, saltem diante de seus olhos com a mesma claridade do sol. Talvez, por isso, evitam se aprofundar no conteúdo dessas questões existenciais. Elas me tem ou como uma ameaça, ou como alguém a ser sutilmente desprezado por não apresentar nada com o qual possam beneficiar seu modo egocentrado de estar no mundo. Não há espaço para conversas de alto-nível, somente para discussões sobre questões nada relevantes. Não há parâmetros similares que causem uma fraternal propulsão de consciência. Sempre as mesmas certezas dotadas de profunda ingenuidade. Preferem contatos virtuais que não causam desafio e que não coloquem em risco suas paixões causadoras de ações e escolhas sempre equivocadas. É preferido qualquer conhecido midiático que avalize uma mentira que se torna uma verdade imediata do que meu rejeitado olhar questionador. Como ninguém quer saber de uma nova realidade libertadora, permaneço em solidão. 

Em minhas buscas, o que mais encontro é uma infinidade de textos e conversas repletas de certezas, sem espaço para questionamentos causadores de salutares implosões. É um verdadeiro espetáculo de castelos de cartas marcadas e trabalho escravo, reafirmados pelos paladinos da religião e a liga da justiça consumista divina proliferando dizeres seculares repletos de certezas não questionadas. Não se dão conta de que a certeza é que é a expressão maior do tolo e por falta dessa consciência vivem dando murro em ponta de faca e, o pior de tudo, tentando infantilmente esconder as cicatrizes deixados por tais murros. 

Mas, com certeza, o problema está no freguês aqui, que não consegue ficar bem em meio ao ócio, que não consegue se sentar com a inquietude sem palavras e motivos. 

E em meio ao inquietante ócio, em solidão constato que, com bases erradas, escravidão sem fim para as presas fáceis do relógio consumista. Sem o ócio e a solidão, nunca se desfaz o castelo de ilusões da moda.

Em vista disso, fazer o que? Permanecer solitário em meu ócio... Afinal, antes só do que acompanhado de pessoas com seus plágiados assuntos que em nada somam para a formação da consciência humana. Sou exigente: os meus pares, tem que ser impares.

Nelson Jonas

Teste sua visão


É através da manutenção da cultura midiática de imbecilização do povo que se dá a perpetuação do poder, da política e religião.

Nelson Jonas

PS - Cada um lê os acontecimentos da vida, até o alcance de sua visão!

04 maio 2011

Reeleição

Reeleição
Legião Mundana
Composição: Tátudo Russo

Legião Mundana
Composição: Tátudo Russo

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez da TV e a desinformação
Maior país com sua corja
De assassinos
De colarinhos, engrupadores
E ladrões...

Vamos celebrar
A estupidez do povo
Que acredita na televisão
Vamos celebrar Obama e seu governo
Por se meter em tudo que é nação...

Vamos comemorar como idiotas
A tal morte do "mentor" dos atentados
Todos os mortos em batalhas
Os mortos por falta
De mentes racionais...

(...)

Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso pela veracidade da informação
Vamos celebrar o glamour
De tudo isto
Com festa, sem velório e sem caixão
Tá Osama morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem acredita
em toda informação...

Venha!
Que o Taliban está com pressa
E a verdade anda dispersa
Só a mentira prolifera
Tudo é inverdade e a ilusão

Com antenas
O terror tem sempre a porta aberta
E prolifera pela net-esfera
Todo passado recomeça
Venha!
Obama vem mais forte prá reeleição!...

03 maio 2011

Armas de destruição de Massa Crítica





Com as reais armas químicas eles não mexem!...

02 maio 2011

A Morte de Osama



Depois da celebração
Do casório na Inglaterra,
Do outro lado da terra
Celebra-se o discurso de Obama...
Não sei se celebro a morte de Osama
Ou aquilo que aqui mais impera:
A estupidez da crença humana...



Depois da piada da morte de Osama, bem que Obama podia também contar uma piada de papagaio!

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!